O tema Sustentabilidade vem sendo discutido pós era industrial, mas apenas nos anos 1970 com o 1º ministério do meio ambiente na Alemanha o assunto passou a ser discutido de maneira mais completa. Após isso tivemos a Conferência de Estocolmo em 72, a primeira crise do petróleo em 73 e a criação posterior do Pnuma, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, também em Estocolmo em 1974.
Pela primeira vez na história cogitou-se o frear o desenvolvimento capitalista, claro que foi apenas uma discussão e acredito que não passou, naquela época, disso.
No mesmo período a Análise do Ciclo de Vida (LCA) dos produtos é implementada com o objetivo de medir a energia e os materiais necessários para a fabricação e seu impacto ambiental.
Ser sustentável é atender as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
Existem três visões sobre a sustentabilidade:
- A visão tecnicista que acredita no desenvolvimento da economia, tecnológico e o aumento da produção e oferta de bens.
- A visão ecológica-preservacionista que defende a emissão zero e o crescimento zero.
- E a terceira visão, provavelmente a mais razoável e fundamental, que concilia o eco preservacionismo com o tecnicismo e avanços tecnológicos com o gerenciamento sustentável dos bens naturais. O desenvolvimento sustentável em todas as dimensões, econômica, ambiental, social, cultural e ética
Abaixo trago um texto introdutório para a razão do título “Negócio Circular”, logo falarei sobre.
A história deixa de ser transformação progressiva e unívoca de “natureza” em “cultura”, e passa a ser processo circular involuto no qual “natureza” se transforma em “cultura”, “cultura” em “lixo”, e “lixo” em “natureza”. Em tal círculo transformador a questão da precedência, da “progressividade”, perde total significado. A “natureza” é anterior e posterior à “cultura”, já que o “lixo” é posterior à “cultura” e anterior à “natureza”. A questão da precedência é substituída pela questão da informação. O conceito de “informação” permite captar a essência do círculo “natureza-cultura-lixo-natureza”. “Cultura” passa a ser natureza informada. “Lixo” passa a ser cultura parcialmente DESINFORMADA. “Natureza” passa a ser lixo DESINFORMADO. Em termos valorativos: “Cultura” passa a ser natureza tal como deve ser. “Lixo” passa a ser cultura COMO NÃO DEVE SER.
– Vilém Flusser
Flusser trás um pensamento fundamental para o conceito de negócio circular, simplesmente entregando a todos algo a ser levado em total consideração. Uma transformação progressiva e importante envolve a natureza que se transforma em cultura e retorna a natureza, nesse processo cultural, indevidamente criamos o lixo que acaba retornando a natureza. O filósofo compreende que este é um mecanismo circular IGNORANTE e DESINFORMADO e algo que não deve ser criado pois a natureza é anterior e posterior a cultura.
Vivemos na era da informação abundante e já sabemos da importância da NÃO criação do lixo, o fundamental para qualquer negócio circular e sustentável é o reaproveitamento de toda a cadeia produtiva, desde a coleta ao descarte.
O ideal não é a reciclagem do lixo e sim a não criação dele.
Este assunto é muito interessante e poderia ser aprofundado por muitos parágrafos, mas quero manter a periodicidade dos textos para evoluirmos juntos em direção a um mundo mais equalitário. No próximo artigo falarei sobre o tema Pensamento Estratégico numa Economia Duvidosa, algo de extrema valia.
Muito Obrigado e até a próxima.
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